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A paróquia de S. Martinho de Cucujães esteve em festa com a ordenação episcopal de D. António José da Rocha Couto, até então Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova, que a partir de 10 de Outubro entrará na arquidiocese bracarense. O rito de ordenação, que teve lugar no pavilhão do Clube Desportivo de Cucujães, mobilizou a paróquia e a própria Sociedade Missionária, instituto a que o novo Bispo pertence.
Uma multidão vinda de diferentes locais
Sob um tapete de flores, o cortejo, que integrava três dezenas de bispos, algumas centenas de padres, dirigiu-se do seminário para aquele recinto transformado em igreja.
O pavilhão do Clube Desportivo de Cucujães foi pequeno para acolher quantos quiseram participar no rito da ordenação episcopal. Muitos cristãos da região uniram-se ao Seminário das Missões num momento importante da sua vida. Uma multidão de cristãos, amigos das Missões e do padre António Couto, uns vindos da sua terra natal, Vila Boa do Bispo, do concelho de Marco de Canaveses, transportados em cinco autocarros, outros da arquidiocese de Braga, o reitor e altos responsáveis da Universidade Católica Portuguesa onde é um dos professores mais conceituados e muitas outros da Diocese do Porto onde passou os seus 27 anos de sacerdócio, estiveram em Cucujães.
Rito de ordenação episcopal
A cerimónia foi presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, ladeado por D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e D. Manuel Clemente, Bispo do Porto.
Ainda antes da homilia, foi apresentado o eleito e feita a leitura do Mandato Apostólico, pelo qual o Papa Bento XVI escolheu o novo Bispo. À homilia, D. Jorge Ortiga considerou que, “tal como a amendoeira floresce no Inverno, anunciando que este está para passar, a ordenação do novo bispo auxiliar de Braga será para a Igreja e para o mundo o anúncio de uma Primavera que pode despontar e um sinal de esperança”.
O Arcebispo de Braga referiu que “esta ordenação episcopal deve ser, para a Igreja em Portugal, uma maior consciencialização pela causa do Evangelho, comprometendo-se num autêntico empenho que, nos tempos actuais, deve transparecer como sinal e semente de esperança”.
Uma cultura de morte
Antes, o prelado bracarense, falou de alguns sinais inquietantes da sociedade portuguesa e, entre eles, apontou “uma mentalidade de massificação e anonimato, onde se cresce sem um relacionamento humano, verdadeiro e fraterno, com experiência de solidão nos idosos e vazio existencial nos jovens”. Considerou a sociedade hodierna “um mundo de desigualdades económicas, culturais e sociais”. Num diagnóstico que “ não permite ingenuidade de alguém que caminha de olhos fechados”, D. Jorge Ortiga apontou “uma cultura de morte a atingir indivíduos, grupos e povos através de um terrorismo organizado e com actividades racistas, violentas e provocadoras da eutanásia, do aborto e da insegurança”.
Ponto alto da ordenação
Já depois da homilia proferida por D. Jorge Ortiga, D. António Couto fez a promessa de consagração para toda a vida ao ministério episcopal. E, enquanto o coro cantava a Súplica Litânica, D. António Couto prostrou-se diante dos bispos ordenantes.
O ponto culminante teve lugar aquando da imposição das mãos por três dezenas de Bispos vindos das diferentes dioceses do nosso país, com a invocação do Espírito Santo, bem como do Evangeliário sobre a cabeça do Eleito. Seguiu-se a unção com o óleo crismal, a entrega do Evangelho, do anel, do báculo e a imposição da mitra.
A cerimónia foi abrilhantada pelo canto solene de um coro de 180 vozes, dirigido pelo maestro Manuel Pina, de S. João da Madeira, director do Coral de S. Martinho de Cucujães e dos coros da igreja de Cepelos, Vale de Cambra.
“Tenho um sonho”
Já no final da cerimónia, na sua primeira declaração pública, D. António Couto confessou que tem um sonho “o de poder ver nascer, neste mundo em mudança, em cada paróquia e em cada pessoa, um rosto missionário, evangelizado e evangelizador, acolhido e acolhedor e uma Igreja mais missionária, que seja sinal de esperança para a sociedade. A missão é graça, é a vocação própria de toda a Igreja, a sua identidade”, acrescentou o novo Bispo.”
D. António Couto confessou, com humildade, que, desde os 10 anos de idade, já perdeu “várias lutas com Deus. O que se passou hoje aqui é mais uma derrota minha, vitória Dele. Assumo publicamente a derrota, mas compreendo, cada vez melhor, que a verdadeira vocação do homem é lutar com Deus mil vezes por amor e mil vezes ser derrotado por amor. Já são muitas a zero”, gracejou.
Lema do novo Bispo: “Vejo um ramo de amendoeira”
D. António Couto adoptou como lema “Vejo um ramo de amendoeira”, uma passagem da profecia de Jeremias (1,11). “Numa altura dificílima da história de Judá, em que o povo vai para o exílio e cai a cidade de Jerusalém, com a destruição do Templo”, Deus ofereceu ao profeta uma visão que foi para “além da desgraça, da morte e da miséria”, explica.
“A amendoeira é uma das poucas árvores que floresce
D. António Couto assegura, por isso, um ministério que não seguirá “o lado do pessimismo, mas o lado positivo”, desafiando as pessoas “a verem o belo e o bom”.
Quem é?
D. António Couto nasceu a 18 de Abril de 1952
Os primeiros anos de sacerdócio foram vividos no Seminário de Tomar. Em 1982 fez o curso da Academia Militar e foi nomeado capelão militar. Transferiu-se depois para Roma, no Colégio Urbaniano, onde em 1986 obteve a licenciatura
Foi seguidamente professor de Sagrada Escritura até 1991, no Seminário de Luanda,
Cucujães fica indelevelmente ligado ao percurso sacerdotal e missionário de D. António Couto, já que ali foi ordenado diácono, presbítero e agora Bispo.
Armas episcopais de D. António Couto
De verde com besante de ouro no ponto de honra, carregado de uma flor de amendoeira à cor branca natural. Filactera inferior de prata debruada a verde com a legenda a vermelho: “Vejo um ramo de amendoeira”.
Ornato superior feito com a cruz a rematar a elipse e o chapéu preto de seda de copa redonda e abas direitas, forrado a verde, com cordões de seis nós de cada lado.
As armas episcopais não querem manifestar ou advogar, para quem as possui, honras e ou privilégios na hierarquia social mas testemunham, antes, um programa de vida, assumindo-se como compromisso público desse programa.
O texto de D. António Couto explica como a expressão “Vejo um ramo de amendoeira”, constitui um grito de esperança e um programa de vida.
Com o verde exprime-se a esperança, num mundo aparentemente sem norte, dirigida especialmente aos humildes e oprimidos, assumindo-se a obrigação da sua defesa.
Com besante de ouro, metal que significa em heráldica fidelidade ao rei até à morte, assume-se o compromisso de fidelidade a Deus e ao seu povo.
O círculo central pode ainda ser interpretado como uma referência da divindade, mas evoca também o cosmos e o mundo. E a flor de amendoeira exprime de modo poético a esperança que uma árvore em flor em pleno no Inverno transmite.
Adaptação do artigo publicado no jornal “Correio de Azeméis” 25-09-2007
Documento Conclusivo
O Futuro da Missão ad Gentes – perspectivas para o século XXI, foi o tema das Jornadas Missionarias de 2007 que reuniram mais de meio milhar de participantes, nos dias 14, 15 e16 de Setembro, em Fátima.
A reflexão sobre o futuro da Missão ad gentes, não nos deve afastar da urgência da Missão hoje, particularmente junto dos povos e situações onde o clamor por justiça e paz é gritante. Por isso os participantes celebraram o dia global pelo Darfur por meio de uma vigília com o tema “quando o silêncio mata, a tua voz pode salvar” e da assinatura duma petição dirigida ao parlamento Europeu.
Cristo é a fonte inesgotável da missão da Igreja. Daí a necessidade de uma experiência de fé para re-descobrir, no meio de alguma confusão e desnorte, o sentido fundamental da Missão como Anúncio de Cristo e como testemunho de vida.
Um mundo em mudança, caracterizado por uma grande variedade de manifestações religiosas e por um relativismo dos valores, exige uma nova forma de ser Missão. É necessário encontrar linguagem e modos novos que contemplem a evangelização das emoções e exprimam de forma significativa a mundividência cristã.
O coração da Missão, do presente e do futuro, é a Igreja local. Como sacramento de salvação, a Igreja participa na missão de Cristo. Dessa forma, ela realiza no mundo a entrega eucarística ao Pai, pelo Espírito Santo, na comunhão dos seus membros que se dão pelos outros. O desafio do futuro da Missão é fazer da Igreja, das dioceses e paróquias, a casa e a escola de comunhão, numa espiritualidade que abra horizontes de fraternidade universal.
O empenho concreto de todos na animação missionária e vocacional da Igreja local é imprescindível. Este é mais enriquecedor e eficaz quando os próprios párocos e responsáveis diocesanos dão corpo e espírito às várias iniciativas que são um testemunho vivo da comunhão na Missão.
Na comunhão das Igrejas todos são corresponsáveis pela Missão. Somos chamados a criar, animados pelo Espírito, novas formas de comunhão, programas de cooperação e de colaboração que conduzam a uma maior participação de todos os carismas e ministérios.
A colaboração entre os leigos e os Institutos de Vida Consagrada é um enriquecimento mútuo que exige alguma ousadia na criação de novas formas de pertença e co-responsabilidade na missão da Igreja. Tal dinâmica de comunhão será favorecida pela continuação do debate, do diálogo e da formação, em actividades de carácter local, diocesano, nacional ou internacional.
Estas Jornadas Missionárias apontaram para a grande celebração e sensibilização missionária que se pretende com o Congresso Missionário Nacional, a realizar de